Segundo dia em terra no Laos. Decidimos alugar uma bicicleta para o dia todo, a menos de um dolar.
Enquanto esperávamos as reparações do mecânico (encher pneus, baixar selins, sim porque somos as primeiras portuguesas nesta época, talvez) deparamos com um magro monge a cambalear sobre os dois joelhos, balançando os braços para a frente a para trás. Cinco passos e o ritual recomeça. Vai benzendo tudo o que vê, carros, árvores, pessoas.
Passados uns dias voltamos a encontrar-nos com ele. Um cenário surreal.
Tenho um sonho recorrente em que sou forçada a atravessar pontes sem qualquer segurança de lado, ou pontes frágeis ou demasiado estreitas. Atormenta-me imenso.
Num passeio em Luang Prabang vamos parar a uma dessas pontes. Uma ponte de madeira, na qual, se olhássemos para baixo conseguíamos ver, tão lá em baixo o rio.
Começo a ficar nervosa e quando dou por mim, o monge maluco vem atrás de mim.
E não, isto não era um sonho.
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